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Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Amor

Você faz parte do meu corpo
Corre como sangue nas minhas veias
Pulsa no meu peito,
A razão do meu respirar
É seu amor e nada mais puro será

Minha alma transborda nas lagrimas
Que dos seus olhos escorrem
Como o sangue que por ti derramaria
Como o fogo que por ti arde

Somos dois meios de um todo
Que separados, nada somos

Fragmentos de pensamentos
Escoam por entre nossas almas
Fios de puro sentimento
Materializado em emoção

Todo nosso amor cabe em uma lágrima
Uma palavra, um gesto bobo ou um abraço
Por ser tão simples quanto complexo
Por ser tão inexplicavel e completo
Amor.

Minha Boneca

Em seu mundo cinza, vivia a menina
Como uma boneca numa caixa vazia
Um mundo frio e sem vida
E era assim mesmo que ela queria

Uma doçura infinita, afogada pelas duvidas amargas
Desconfiava de tudo, e não olhava pra nada
Só para o próprio vazio do seu coração empedrado

De seu mundo cinza, via a chuva caindo
O sol brilhando e as nuvens passando
Nada era mais belo que as folhas verdes
Ou o céu azul, mas não no mundo cinza

Ela ouvia as musicas que sua alma pedia
Como portais para o mundo em que não vivia
Apesar de ser o que seu coração mais queria

Encontrei essa caixa isolada na sombra
Aonde eu mesmo me escondia
Mas agora era dia
E do sonho a boneca acordara.

Fantasma do Amor Passado

O que quer de mim, fantasma maldito?
Sua sombra pestilenta me traz memórias
E dessas, nenhuma me convém lembrar
Mas sim apagar da lembrança o que um dia aconteceu

O que traz sua imagem, além de desprezo e rancor
E por que ainda sinto o asco e degradante desejo de perdoar
Talvez para aliviar minha vergonha, dos erros que cometi
Talvez, talvez você não fosse um erro afinal?

É isso que quer que eu sinta?
Esse é o chamarís de sua armadilha?
Bom... Não desta vez

Por mais que doa a verdadeira face,
Que se esconde sob o olhar inocente
Um demonio é um demonio
E sebe bem dissimular suas presas

Minha carne já sofreu o teu pecado
Minha alma já corrompeu-se com seu tormento
Meu coração já sangrou com sua lâmina
E agora não acredita mais em assombração.