Lendo minhas obras,
Filhas órfãs de mãe,
Outras almas,
Me reencontrei
O passado, hoje me é plácido
Ontem fora guerra e sangue
Acabado, mas não esquecido
Venci, venço, vencerei
O tempo corre para frente
E eu busco sua sabedoria
Me encontrar com esse velho eu
Essa criança que eu era
Que eu sou
Me torna mais adulto
Este é o cemitério onde enterro meus sentimentos. Cada poema aqui publicado, tem a exclusiva razão de ser um desabafo para mim mesmo. Se quizer compartilhar, a vontade. Mas cuidado, se se aprofundar de mais no meu escuro pode se perder.
O Autor
- Dalua - O Poeta Sombrio
- Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Apenas Sonhos
Eramos sonhos que se perderam na noite longa
Acordamos em carne estranha, material pesado
Não podemos flutuar como antes
Nem dormir tranquilos, porque o dia é curto
Somos pesadelos acordados, em vidas secas
Áridos de fantasia e imaginação
Presos no chão frio de cimento e terra
Morremos quando esquecemos de nossos sonhos
Mas quando deixamos de viver nessa carne
Voltamos a ser apenas sonho, evanescente no ar.
Acordamos em carne estranha, material pesado
Não podemos flutuar como antes
Nem dormir tranquilos, porque o dia é curto
Somos pesadelos acordados, em vidas secas
Áridos de fantasia e imaginação
Presos no chão frio de cimento e terra
Morremos quando esquecemos de nossos sonhos
Mas quando deixamos de viver nessa carne
Voltamos a ser apenas sonho, evanescente no ar.
Festa do Tempo
O Antes já foi, trazendo o Agora
O Agora chega rápido e agita a festa
Mas mal se percebe,
Chega o Depois e acaba com a graça
Para começar tudo outra vez
Quando o Depois vai embora
Voltando o Agora.
Em Face ao Espelho
Eu vejo o que me tornei
Juntando os cacos do que passei
Do que vivi e aprendi
Do que jamais aprenderei
Eu vejo a idade aumentando
O tempo vai me devorando
Dia a dia leva embora
As lembranças de outrora
Se estou errado ou estou certo
Não me importa isso agora
Não estou longe nem estou perto
Tanta vida posta fora
Neste espelho, em frente a mim
Percebo que sempre fui assim
Juntando os cacos do que passei
Do que vivi e aprendi
Do que jamais aprenderei
Eu vejo a idade aumentando
O tempo vai me devorando
Dia a dia leva embora
As lembranças de outrora
Se estou errado ou estou certo
Não me importa isso agora
Não estou longe nem estou perto
Tanta vida posta fora
Neste espelho, em frente a mim
Percebo que sempre fui assim
Natureza Humana
Banhamos o chão com o sangue irmão
Desde as cavernas até os arranha-céus
Os motivos se mascaram em novas faces
Mas o homem permanece igual
Como na guerra, na vida
Assim perdura nossa sina
Nosso ódio nos alimenta
A mão que cuida e arrebenta
Buscando a satisfação em cada gesto
Em cada olho um brilho frio
E segue assim o mesmo rio
E desce no estomago, indigesto
O homem é vil e desprezível
Assim como sempre fora
E quer disfarçar sua vilania
Culpando a outros os crimes que cometia
Seremos enfim verdadeiros,
Quando o último de nós jazer morto
Assassinado por seu ego
Desde as cavernas até os arranha-céus
Os motivos se mascaram em novas faces
Mas o homem permanece igual
Como na guerra, na vida
Assim perdura nossa sina
Nosso ódio nos alimenta
A mão que cuida e arrebenta
Buscando a satisfação em cada gesto
Em cada olho um brilho frio
E segue assim o mesmo rio
E desce no estomago, indigesto
O homem é vil e desprezível
Assim como sempre fora
E quer disfarçar sua vilania
Culpando a outros os crimes que cometia
Seremos enfim verdadeiros,
Quando o último de nós jazer morto
Assassinado por seu ego
Interpretando a Vida
Você diz que mudou
Que cresceu
Melhorou
Eu digo que mudei
Que cresci
Melhorei
O que mudamos foram os papeis
Do que nunca passou de uma encenação
Uma encenação sobre ser o que somos
O que queremos ser
Nem mudados
Crescidos ou
Melhores
Apenas em novos papeis
Dessa peça cômica
Que chamamos vida
Que cresceu
Melhorou
Eu digo que mudei
Que cresci
Melhorei
O que mudamos foram os papeis
Do que nunca passou de uma encenação
Uma encenação sobre ser o que somos
O que queremos ser
Nem mudados
Crescidos ou
Melhores
Apenas em novos papeis
Dessa peça cômica
Que chamamos vida
Crescido
Sou completo e vazio
Um misto de possibilidades irrealizadas
Um repleto de ontens e de hojes me compõem
O amanha é uma incógnita
Não sou melhor ou pior do que era
Estou diferente, mas igual ao que sempre fui
Sou aquilo que penso ser, mas não sou o que imagino
Aquilo que não sou e queria ser, já se foi
Já acabou o tempo de ser poeta, cavaleiro, guardião, bobo ou sábio
Restou-me a realidade que me acolhe
Não questiono, ou questiono os viés que a vida trouxe
Agora, não importam mais
Estou completo e vazio
Preenchido de agora, sacio o depois
E o antes já é história
Um misto de possibilidades irrealizadas
Um repleto de ontens e de hojes me compõem
O amanha é uma incógnita
Não sou melhor ou pior do que era
Estou diferente, mas igual ao que sempre fui
Sou aquilo que penso ser, mas não sou o que imagino
Aquilo que não sou e queria ser, já se foi
Já acabou o tempo de ser poeta, cavaleiro, guardião, bobo ou sábio
Restou-me a realidade que me acolhe
Não questiono, ou questiono os viés que a vida trouxe
Agora, não importam mais
Estou completo e vazio
Preenchido de agora, sacio o depois
E o antes já é história
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
A Morte da Poesia
Perdi o combustível que queimava meu peito
A dor que conduzia
A mão que escrevia
A poesia esgotou-se como fonte seca
A alma, tranquila, não precisa mais dela
Tudo resume-se ao dia a dia monótono
Minhas asas negras foram amputadas
Afogado pela dor, eu respirava versos
Suspirava rimas, desabafava estrofes
Mergulhava em mim mesmo
A dor se foi e só restou o branco do papel
Seguro, mas vazio e desolado
A poesia foi morta
Para que eu permancesse vivo
A dor que conduzia
A mão que escrevia
A poesia esgotou-se como fonte seca
A alma, tranquila, não precisa mais dela
Tudo resume-se ao dia a dia monótono
Minhas asas negras foram amputadas
Afogado pela dor, eu respirava versos
Suspirava rimas, desabafava estrofes
Mergulhava em mim mesmo
A dor se foi e só restou o branco do papel
Seguro, mas vazio e desolado
A poesia foi morta
Para que eu permancesse vivo
Divina Comédia
Ganancia brigou com Orgulho porque queria ficar com Luxuria, Ira se meteu na discussão e acabou batendo na Inveja que estava de olho no que acontecia, Preguiça tentou apartar a briga, mas achou que daria muito trabalho... No fim Gula comeu o bolo.
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