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Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ferraria

Meus olhos se contraem
Sob o martelo feroz

A tenaz espera na forja
Enquanto moldo minha face

A bigorna soa sob as pancadas
Os típanos explodem

É a fuligem e as faiscas
Que dançam na penunbra

O fogo não pode apagar
E eu não terei descanço

Enquanto não estiver forjado
Meu carater a ferro.

Menestrel Encurralado

A mentira é um menestrel
Mascarado, zombador
Foge pelos corredores
Com faca na mão
E fogo nos pés
 
Desvia, salta e pula
Sempre em fuga
Sempre oculto

A verdade é uma parede
A parede de todas as coisas
Onde sempre o menestrel
Acaba encurralado


Rejeição

As palavras rasgam
A cortina de sereno
Gotilham do sangue
Dor e rancor
Escorrem, negros, entre os dedos
Molham o chão limpo
E recobrem a vida com treva
Apenas um suspiro 
Ou lagrima
Podem limpar a visão 
E trazer de volta 
A luz para o caminho
 Que leva ao quarto sombrio
Onde se escondem as paixões

Quadros

A mente travessa
Me engana
Me confunde
As memórias
Brincam de vidas passadas
Passadas pelo tempo que já se foi
A mesma vida de agora
Alterada, substituida
E no fim
Só ficam as lembranças
Como quadros do que eramos
Do que fomos

Nos Olhos

No profundo abismo
Está a reflexão do aprisionamento
Lá aparece a verdadeira face
Escondida no escuro
Refletida em meia lágrima
Escorrendo de meus olhos
Estou preso nela
Aprisionado em recinto cristalino
De peso infinito
Em cada gota espalhada pelo chão
Mil vezes a dor despejada
Pelo coração em pranto.

Navalha Sangrenta

O fogo devorava a escuridão
Com ância, com furia
A carne sofria a destruição
Da ganância, da luxuria

O som de ossos creptando
Entre escombros da explosão
Pedaços de corpos faltando
E Espalhados pelo chão

O cheiro era terrivel de fato
A fumaça e a fuligem negra
Maltratavam o olfato

O sangue virou óleo ardente
Queimando a pele nua
Pobre sangue inocente
Derramado pela rua

Lagrimas doces de um cantil perfurado
Misturam-se ao sangue quente
E ao metal gelado

A luz se apagou na noite fria
Somente o fogo parecia sorrir
E dançava com alegria

A morte venceu a batalha
A lamina que nunca erra
É a sangrenta navalha
Que chamamos de guerra

Acróstico

Yasmim
Amada pessoa que me ilumina
Sempre proxima e mesmo assim tão longe
Mesmo na distancia, encontro você em meus sonhos
Imagino estar ao seu lado todo dia
Morro de amor por ti

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Garoto-Homem

Vós sois de uma personalidade enigmática
Transformais papel em sentimento retraido
Sua maturidade reflete algo que não és 
E o transforma em uma anomalia
Transfigura sua mente em vertente feroz
Perfura os olhos com voracidade
Esportando sua vida a todos que a leem
Demonstra sua fraqueza em seu talento
Seu talento é sua força.

Um Vampiro Que Amou

Seu sangue doce brotou 
Como água cristalina
Em uma fina linha vermelha
Tremula e incerta

Escorria de seu pascoço
Dentre seus cabelos negros
E alimentava minha sede

Devorava-a com os olhos famintos
Seu cheiro me despertava a vida
Sua pele macia anciava 
O toque frio de minha mão

Envolvi-a em um abraço
Minha capa cobrio-nos
E mergulhamos no universo
Da escuridão.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Mortos Não Beijam

Amar-te intenssamente eu amo
Perdido na teia negra de seus sedutores fios
Fragil corpo feminino 
Jarro que carrega espirito selvagem, guerreiro
Demonstra força inigualavel a nenhum homem
Pois mulher és
Homem sou
Perdido pela inexplicavel fraqueza
Jogo-me em seus braços como criança indefesa
Apenas responde com surpresa a meu afeto tão intenso
Bejai-me agora
Pois ossos não podem beijar
E selei minha promessa de força junto a dela.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Tragicomédia

Enceno uma peça cômica para mim mesmo
Sou um palhaço em meu drama
Choro, pulo, grito, caio e levanto
Palmas, palmas para mim!
Bobagem! Besteira!
Quero os olofótes para me iluminar
Ilumino sim a humilhação de ser revelado
Revelado infantil e imaturo
Serei assim até o show acabar
Se a cortina se feichar antes do final
Passarei no escuro, enssaiando a pessa novamente. 

Minha Protetora

Raios trovejam em lampejos de ódio 
Sangue escorre dos olhos ardentes
Meus braços tremem em impulso assassino
Cravar a faca na jugular do mentor do caos

Como viver se não tivesse ela a me erguer
Lembrai-me que na escuridão da vida há minha luz 
Sorri para mim e me consola, que a consolarei 
Enquanto o sangue jorrar em meus pulsos
Enquanto a vida não se esvair por completo
E eu tiver voz em minha garganta seca

Cravejai-me de esperança enquanto podes
Pois se essa chegar ao fim
Minha vida se apagara na escuridão do túmulo.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

La Lal Lei

Quero dançar!
Me soltar!
Ir pra rua
Curti a vida
Estou viciado
Viciado nessa musica
Nessa melodia tocante
La Lal Lei
Quero ir dança-la!
Canta-la!
Vive-la!
La Lal Lei
Estou preso
Preso em casa
Preso a essa melodia
La Lal Lei

Converse Comigo!

Quem me lê?
Quem adentra meu coração,
Atraz de sentimentos escritos?
Quem adentra minha mente,
Vasculhando meus penssamentos ocultos entre linhas?
Quem me lê? Me ves? Sou real para você?
O silêncio da palavra cessa ao toque do seu olhar
E regressa ao momento em que o beijo solene se desfaz
Quem me lê?
Quem me torna real nesse momento de inoportuno silêncio?
Faz-me falar! Faz-me revelar meus segredos!
O vos que lês, O vos que estáis só!
Fazeimos compania mutua
Ao trocar um lampejo de vida atravez de seus olhos
Nos completamos.

Aquelas Lagrimas Que Ninguem Viu

Quero ser seu paladino
Defender-lhe das sombras

Quero ser seu escudo
Sofrer em seu lugar
Defender-te a qulquer custo

Minha rosa que brilha ao luar
A luz azul do mar
É reflexo dos meus olhos em seu rosto

Minhas lagrimas fervem em meu rosto
Tímido ao ver sua face pura

Como poderei ser ao mesmo
Seu amigo mais querido
E seu amante fiel?

Temo o escuro a minha frente
Pois não enchergo nada além de você
Se sua luz se apagar
Cairei no abismo profundo

Sonho com flores em um jardim
Com risos e sorrisos
Mas a realidade é sempre uma lage fria

Senti sua falta nessa noite
Seu corpo quente em contato com minha pele
Seus labios em meu rosto

As estrelas eram minha compania
E em segredo a elas chorei

Perturbação

Sonhos revoltam minha noite
Mentiras crueis
Embaladas pelo meu medo
A furia conssome a noite
Do fogo surge o sol
Em um grito de dor
Em um soco desperto
Molhado pelo suor
Mais uma vez
O medo oculto
Atravessou meu caminho

Paz Interior

Caminho só
O silêncio interior 
Supera o tumulto ao meu redor
Conssegui calar-me

Em minha caminhada
A mente vaga pela rua
Livre 

O doce som do silêncio
O aroma acido de suor
Enquanto meus pés me levam
Sem rumo
Sem destino

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Lamentos

A boca cheia de formiga
Um cheiro doce no ar
Aquela pessoa amiga
Me doi só de lembrar

A cortina se fechou
A luz apagou
O show acabou
O caixão se trancou

Pelo lado de dentro eu me desfaço
Mas permanece o coração
Pela lamuria que atravessa o aço
Pelas lagrimas que atrassam o chão

Uma flor brotara
Do óleo de minha putrifação
Essa flor se regara
Das lagrimas que banham meu caixão

Morri pelo amor
Vivi pela paixão
Causei muita dor
Parti seu coração.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Lobos

Estamos juntos
Espectadores da transformação
Enquanto rugem as fagulhas no horizonte
Ao morrer do dia
Aplaudimos o surgimento de nossa mãe
Embalamos seu surgimento com nossa canção
Dancemos a vossa homenagem
Enquanto nossos olhos refletem sob vossa luz
Espalhando o medo
Nossas presas rasgam a carne e jorram o sangue
Para alimentar vossa fome
Unimonos noite
Sejamos apenas um
Enquanto muitos somos

Manto de Prata

Fagulhas espectrais 
Inrrompem dentre as sombras
E serpenteiam esgueirando-se atravez 
Dos ossos secos das árvores

Uma cadeia de galhos aprisionam a luz
E a escuridão a devora lentamente
Ao morrer de mais um dia

Feras da escuridão uivam 
Anunciando o nascimento da dama da noite
O manto prateado recobre o mundo
Banhado pelo delicado luar


segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Seco

Sequei

Meus olhos 
Poças ressecadas

A lágrima
Virou areia

Apesar da dor
O choro não vem

Sofro sozinho
Em uma noite fria

Coração rachado
Com profundas feridas

Como a terra
Castigada pelo sol

Eu sou castigado
Pelo seu silêncio

Meu Castelo

Construido da imaginação
Meu castelo de cartas
Desaba sob o vento
Da cruel realidade

A verdade surgiu
Rasgando a cortina de pano
Que ocultava a pessoa por traz da fantasia

Minha fortaleza era de papel
Fui derrotado pela lorota
Que fingia ser minha realidade

E ainda tento me enganar
Contando as mesmas mentiras
Para que sejam minha verdade

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Quando a Paixão Acabar

A rosa murchou
Mas se a semente brotar
Nas cinzas da paixão apagada
Sera de amor a flor que vira
E esqueceremos dos espinhos
Daquela ilusão que a noite criou.

Pelo Tempo, Pela Noite

O choro silênciou-se 
Pelo tempo 
Pela noite 
Se apagou  
O que ja foi lagrima 
Hoje é tinta 
O que ja foi sentimento 
Hoje é poesia 
O que já foi vida 
Hoje é passado 
E hoje você o lê 
Regressando 
Pelo tempo
Pela noite.