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Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Xeque Mate

Não apaixone-se
Mas esteja certo de que se fizer alguem se apaixonar
Vai pagar caro por sua irresponssabilidade
Vai assumir ou vai fugir covarde?
Qual será a peça jogada
Que sacrificio sera feito?
Jogue!
Sua vez...
Tempo esgotado...
Xeque!
Perdeste a dama...
Fim de jogo

Voltar ao Céus

Pobre pássaro de asa partida
Tento ajuda-lo a voar
Mas eu não posso mudar a natureza
O passado destruiu seu futuro
Mas não há morte ainda
Mesmo sem voar
O passaro respira
E se respirar pode voltar a voar
Ao menos em sonho

Noite Sem Luar

A destruição profunda da alma
Deteriorando de dentro para fora
Como verme devorando carne podre
A dor devora o espirito
O passado é a estaca no coração
Quanto mais avança o tempo
Mais fundo a estaca adentra
Matando a esperança
Matando os sonhos
Noite sem luar
Vida sem amor
A carne é desejada
O sentimento futil esbanja no desejo
E no fim tudo termina em uma noite
A mesma noite sem lua
Na rua em que aguarda o proximo cliente

Aprisionado a Morte

Como é que a noite está dentro de mim
É dia e não vejo meus pés
Estou afogando-me em pesadelos
Estou afogando os sonhos em sangue fresco
Tudo evaporou no ar
Mas o sol esta negro e sem calor
O frio esta gelando minha pele
As lagrimas congeladas escorrem como pedras
Tudo esta no mesmo lugar
Mas nada esta certo
Caos é minha batida
A musica que toca em minha cabeça
São os meus demonios em orquestra
Esta chegando a hora
Coberto, afundo inteiro
O escuro invadiu o centro de td a força
E congelei ali
Estagnado no tempo
Preso ao passado
Eterno passado
A morte silenciou
Mas não apagou a dor
Que ecoa no meu espirito condenado

Somente Tarde Demais

Cortante solidão que atordoa
Barreira da locura estrassalha
Invade besta feroz que te devora
Em grito o silencio ecoa em resposta
Ninguem para salvar-te
Ninguem para ama-la
Uma palavra e tudo sumiria como magica
Mas a magica sumiu do seu mundo com o fechar da cortina
Eu tento lhe estender a mão
Mas é fundo demais
Começo a afogar-me junto
E tenho de recuar
Minha voz se perde e você não ouve
Esta perdida antes de eu poder conhece-la
Sepulte-na junto a mim
Para ao menos em morte
Ter compania

Carta Para Casa

Escrevi uma carta
Meu sangue estava nela
Minha dor também
Mas queria que não ouvesse remetente
Pois se retornar
Eu terei de sangrar novamente
Destinatario
Alguem que me conhece bem
Endereço
Inferno

A Noite Eterna

Seu quarto a noite
O que a luz da lua reflete na janela?
Solidão delicada
Baila quase visivel por seus olhos
Nas lentes aquosas que lhe cobrem
Frio e silêncio
O que te faz sentir vivo neste momento
A não ser o medo e a dor
Sua dor que o faz permanecer acordado
Que força o passado pela mente como disco arranhado
Voltando sempre a parte que mais machuca
E travando nela
A noite é longa
A vida é curta
Um sopro e tudo se espalha pelo ar como pó
A luz da lua não vai mudar
A escuridão sera a mesma
Mas sera outro a sofrer em seu lugar
Pois sofrimento é eterno
O corpo não

Poluição Sentimental

Comédia ou trajédia?
Cada dia uma noticia nova de dor no jornal
E você ri da tirinha ou se revolta na página de esportes
Fica irritado ao saber que o imposto almentou
Mas não liga se milhões foram mortos na guerra
A não ser que seu filho seja um soldado
Sua dor não está nas lagrimas dos outros
Mas se pode dividir a fonte de dor com outro
Você o usa de escapamento de imundice
Passa a frustração adiante
Uma poluição sentimental carregada no ar
de pessoa a pessa infecta
Tumor social maligno

Justiça ou Tolice

Do sangue dos justos se lava a alma
De seus ossos, erguem-se os pilares da Terra
Caminhe sobre eles ou juntesse nessa comitiva de sacrificio vão
Ser correto e ser vil
Ser cruel e ser piedoso
Ser reconhecido por Deus ou pelos homens
A escolha é pessoal
A dor será na consciencia de cada
Ou no sofrimento de todos vãos tolos sonhadores
Deus não vai salvar ninguem
Se não puderem salvar a si próprios da destruição

Solitários Anjos da Noite

Se gosta do escuro,
Cegue-se e mergulhe no eterno labirinto negro

Se gosta de ilusões,
Mantenha os olhos bem abertos e veja sua vida desaparecer

Se gosta do silêncio,
Aguarde o ultimo suspiro e o silencio eterno será seu

No final tudo leva a um único caminho real
A obliteração da carne
E seu espirito será tomado pela realidade insana da morte
Cúpula particular de solidão e escuro

Inferno pessoal
Ou
Paraiso dos solitários anjos da noite

Ultimato da Eternidade

Seu coração está frio
Sua carne gélida não é mais a que eu conhecia
Todo sangue se esvaiu
Pálida e morta em meus braços
Pode ser que intenda meus motivos
Ou que me odeie para sempre de onde esta
Eu não me importo
Jamais a verei de novo
O inferno se recusa a me aceitar
Sua carne ainda tem sabor
Será deixada para apodrecer em uma caixa de madeira
E eu seguirei meu legado de assassinatos
Gostaria de trocar de posição comigo?
Eu sim
Doce seria a morte a um imortal
Mas só o desejo não consagra a vontade
A vida que me foi negada
A morte que me foi roubada
Agora é a sua que ira aliviar essa sede
Divida que pagarei
Na noite em que cinzas virar
Seu espirito podera cuspir no que restar
Agora, por momento adeus
Verei você no ultimato da eternidade

Morte Cardíaca

Boa noite diz o pai tranquilo a criança interior
Seus pesadelos já não o fazem tremer
Mas a suas vida é um pesadelo acordado
A noite o sangue brota das paredes escuras
E afoga cada sentimento de segurança
Coração aflito tenta fugir do peito
Prisão de ossos
Medo?
Não tem medo do escuro
Mas sim do que a luz revela
Dias e dias de incansavel rotina
Mortalha da vida cotidiana
Rasga as cortinas da lucides
Acorda seu monstro interior
Medo
Medo é um torniquete
Sua hemorragia de sentimentos que esfaziam o coração débil
Vai morrer esta noite
Tudo porque não aguenta a pressão
Sufoca e o sangue para
Td o que era puro se incendiou na cabeça canssada demais para seguir em frente
Bate forte o coração
Arrebentar as grades
Ou arrebentar-se
E em fim o fim
Morreu em seus pesadelos
De stress e de desilusão

Bons Sonhos Criança

Corra corra criança
Seus demonios estão aqui
Se parar sera tomada a alma
Despertar não lhe salvara de nós
Estamos em todos os cantos escuros de sua casa
Pode chorar
Alimente nosso desejo
Queremos sangue e lagrimas esta noite
Sente medo?
Pois o medo é apenas uma de nossas formas
Estamos dentro de você
Lhe devorando
Corra corra criança
Mas já esta tarde e tens de dormir
E nós lhe cobriremos
Com o manto da escuridão
Agora sonhe...
Os pesadelos lhe despertarão

Sussurro do Vento

Suave presença, sussurra ao vento
Coração ouve atento
O passado em sua presença
O sussurro lhe traz a lembrança
Acende pequena esperança
No quarto escuro em que durmo
Voltou para me atormentar
Mas a dor quiz me despertar
A realidade machuca a alma
Era tudo um sonho
O vento parte risonho
Eu eu chorava na escuridão

Necrose

As piores lembranças
São as que não queremos esquecer
Pois esquece-las seria abdicar-se de parte necrosada, mas ainda viva do coração
Que implora pelo que não pode ter
Somente aquilo que não pode ter
O amor daquela pessoa

Cimitério Para Lembranças

Não existe cimitério para lembranças
Lembranças não morrem
Apenas assombram nossas vidas como fantasmas
Se houvesse um cemitério para lçembranças
Sepultaria meu amor passado
E em fim descansaria em paz

Cortejo à Lua

Ela é aquela que desejo
Amor é o que desejo dela
Paz não terei por agora
Só o tempo faz a dor ir embora
Agora olho pela janela
Acordando deste cortejo

O Dragão & A Lama

Um dragão aprisionado acaba por não ser dragão
A liberdade é a definição do ser
Se não for livre, estará sendo a pessoa que o outro quer e não você mesmo
Eu exigi que seu dragão se moldasse ao que eu sentia
Por um tempo o coração aguenta, mas acaba por revoltado
Tornar um tigre selvagem em um gatinho
Tornar de um coração solitário, tempestuoso, um coração afeto e carente
Acaba por degradar a belezxa natural dos seres
Não mudais por mim
Não deves mudar por ninguem
A máscara que me apresentou, apenas criou um reflexo desconexo em uma poça de lama
Mas foi o suficiente para me iludir e afogar-me
Rompemos as correntes de compromisso e libertemos nossos dragões
Eu não culpo-te pela dor que sinti, sinto e sentirei por certo tempo
A culpa é de minha própria autoria
Eu necessitava daquela máscara
E ela foi esfarelando aos poucos
Eu por tanto mergulhei na lama atraz de seu reflexo
E fiquei preso na areia-movediça de sua personalidade instavel
Estou boiando a margem do lamaçal
Ao menos não afogo-me mais em ilusões criadas por nosso passado juntos ou anterior

Cupido Traiçoeiro

Minha mente esta perdida
No abismo sem saída

Em demasiado torpor
Arrasto-me pelos cantos
Tentando me recompor
Do efeito de seus encantos

Em um jardim
Feito para mim[
És a mais bela flor
A que me liberta da dor

Encontra-la foi um espanto
Quase inacreditavel
E mesmo assim, no entanto
Aconteceu o improvavel

Um amor quebrou barreiras
E as cercas de madeiras
Atravessou as grades de asço
Me atingiu como flechaço

Cupido, amigo traiçoeiro
Do amor me fez prisioneiro
Com uma nova carcereira
Que é minha companheira

Das algemas me soltei
E os meus pulsos libertei
Não mais retalharei
A vida que a ardas lutas conquistei

Mas ainda resta o desmaio
Que muito pelo contrario
Não quer cessar
Mas mesmo tonto não vou deixar de continuar

Não pararei mais de lutar
Para poder brindar
A conquista de saber
O sentido de amar

Vitrine

Pessoas nas ruas vendendo
Sua dignidade por centavos
Comendo os restos que vão recebendo
Cada dia mais escravos

Da ignorancia se fez a fome
Da corrupção se fez a miséria
Esse monstro que conssome
O povo pela matéria

As pessoas não mais importam
O que importam são as roupas, carros dinheiro
E aqueles que não os possuem, são tratados
Como porcos num chiqueiro

Escravos por dependência
Sem trabalho ou competência
Julga-se por falta de inteligência
Mas quem sabe não é a mera aparencia?

O melhor jogador recebe a coroa de rei dos mendigos
Nas ruas imundas, cerca-se de inimigos
Os cegos, mudos, aleijados, retardados, bem fingidos
Todos lutam uns contra os outros, mas todos estão unidos

Assaltantes, assassinos, pedintes, camelôs
Carroceiros, usurpadores, traficantes, prostitutas, gigolos
A ralé da sociedade
A parte mais fundamental e estrutural de uma cidade

E nas vitrines imaginárias
Vendem suas vidas como manequins
Vendo os ricos com suas maquinas e parafernalhas
Travestidos de pinguins

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Apocalipse

Das cinzas que o homem vira a conhecer no ultimato da realidade
Surge o misterio para a luz
De volta o escuro recobre a face do divino ou apenas desconhecido demais para ser real

Sem Volta

Profundo poço sem fundo
Mergulhe de cabeça na escuridão do mundo
Retorne mais cruel e desiludido ou se perca pelo caminho sem volta.

Poeta Mutante

Um ser em mutação
Caminhando sem razão
Analizando a sua volta
Vê as coisas com revolta

Solta a lingua sem falar
Só escreve o que observou
Se mostra crítico no olhar
E no poema revelou

Dor, amor, revolta, drama
Paixão, amor, desejo, loucura
Sangue no papel derrama
Se amor é o que deseja
Então amar sera a cura

Amor Condenado

Minha cabeça entorpecida e incrédula
Faz o corpo não acreditar
Seu corpo como uma pétala,
Ao toque do meu olhar

O presente é passado
O momento é agora
Qual seria a melhor hora
Para estar só a teu lado?

Sua carne quente
Ao toque frio se contrai
Nosso corpo sente
Nosso olhar nos trai

Um arrepio na espinha
Uma paisagem na janela
Essa sensação só minha
Do meu corpo junto ao dela

A realidade vil
Se tornou tão delicada
Ao beijo tão gentil
Desta boca dedicada

Sai de foco a visão
Nessa hora de amor
Embragada de paixão
Resplandece em esplendor

A imaginação
É guia no caminho
Caminhos para o coração
Caminhos para o carinho

E no beijo se desfaz
A beleza do momento
E a lembrança sempre traz
Um leve desapontamento

Foi tão rapida nossa vida
Que acabou por se acabar
Mas não há outra saída
E não adianta nem chorar

Não se pode retornar
O que foi jamais sera
O que passou não vai voltar
Apesar de eu te amar

Folha de Outono

Esfarelando em minha essencia
Flutuando a merce da inconcienssia
E do vento frio de fim de outono

Dos dias de inverno que virão
Minha existencia anuncia
Sou simbolo do gelo dentro e fora da alma

Tenho muitas origens, formas e nomes
Sou como as fomes
Como a fome de aceitamento

Eu venho sendo arrastado
Forçado pela corrente
Alguns chamam de destino
Eu chamo de vento

Estou seco, sem consciencia
Sem vontade vago a merce
Se tem algum motivo em minha existência
Ainda não sei o porquê
Talvez apenas ser o que sou
Uma folha seca a vagar ao léo
Já seja destino bom o bastante

Escola da Vida

O melhor professor
É a experiencia
O melhor resultado
É a competencia

Na escola da vida
O diretor é o tempo

A experiencia
Vem de carona com o diretor
Como advertencia

O tempo também faz a faxina
Limpa o coração
Remove toda toxina
Que fica apos a paixão

Na escola da vida
A aula não termina
E não tem saída

Aprender não é obrigatorio
Existem muitos que matam aula
No refeitorio
E acabam na jaula
Ou no purgatório

Mente

A mente
Não desmente
O que sente


Sente
Que esta doente
Arde fervente


A dor é vertente
E novamente
Se encontra presente


Situação deprimente
Você se torna impaciente
Mas apenas tente


Ser uma semente
Fruto descendente
De uma arvore imponente


Não é diferente
Tente novamente
E seja crente


De sua capacidade crescente
Vontade persistente
Força, vai lá! Aguente!


Uma tocha incandescente
Brota da cinza decadente
Basta estar quente


Olhe pela lente
Uma estrela cadente
Que surge subtamente


Fique siente
De que um desistente
Não sera sobrevivente

domingo, 24 de janeiro de 2010

Apenas Dois

Quando nos eramos dois
Unidos na solidão dos mil
Nossa amizade era forte
Depois o tempo, sempre o tempo
Tornou você um dos mil
E eu virei um
Perdido nos outros mil
Vaguei atraz de mais
Encontrei muitos
Mas ainda era um
Quando reencontrar aquele outro um
Seremos apenas dois
Mas dois amigos
Jamais se separarão


Para Daniel

sábado, 23 de janeiro de 2010

Mosaico (John)

As vidas se entrelaçam
Em linhas paralelas
Na cor se embaraçam
As diversas formas delas

Entre as linhas
Ando em vão
As decisões são minhas
Não são?

Os dedos brincam
Nas cordas do violão
As notas ficam
Vagando sem direção

Dançam sutis
Pelas linhas invisiveis
De onde partis
De onde viéis

Eu vivo trancado
No mosaico que fiz
Fui condenado
E fui meu juiz

Marcha Musical (para Pazzeti)

Marcho de fuzil e farda
Marcho de bota lustrada

Marcho com suor na testa
A voz dos soldados
A rua infesta

Toco no meu violão
Mais uma canção
A canção do meu pelotão

Me mandam pagar flexão
Jogo-me e faço sem reclamação

As cordas entoam
Em prestigio militar
Todo o orgulho de poder marchar

Soam pelas ruas
Notas duras e nuas
Como o espirito do soldado
Orgulhoso de ser comandado

Busca dos Tolos

Procuro na beleza da flor
Um alivio para o que me doi
Mas o que me causa dor
Nem com um jardim se destroi

Busco na multidão
Um alivio para meu tormento
Encontro lamento
Mas não solução

Me escondo na escuridão
Torcendo encontrar o que me cura
Somente mais solidão
E esta me tortura

Pesos dos Sonhos Reais

Uma lágrima baila a luz do luar
Baila sobre o rosto triste
Eu a mando parar
Mas ela inciste

Saudade não é explicação
O dia a dia é uma ilusão
A realidade machuca na vista
Por isso me cego, sou egoista

Se acordar morto
Minha vida teria sido um sonho
Não é um conforto
Tal sonho medonho

A grama alheia é sempre mais verde
Para quem não a rega
Cada vida tem um peso diferente
Ou a diferença é quem carrega?

Jarro Partido

O corpo é um jarro
Rachado e esquecido
Um menino corrompido
Que se esconde no cigarro

No inverno da infancia
Viveu o inferno da intolerancia
Vitma da incoerente cobrança
Da pobre criança

Um composto de dor e sofrimento
Concentrou neste tormento
Resultou no meu lamento
Quanto a esse ressentimento

A ajuda não é bem quista
Pois no ponto de vista
Nem mesmo o artista
Pode retratar
O que passa neste olhar
Faz o coração gelar
É a falta do amar

Impossivel de perdoar
Enquanto a vida não acabar
Se arrasta no saber
Saber que não deve haver
Uma causa para o sofrer

Tampa do Caixão

Quanto tempo me dediquei a ser seu bem
Neguei a mim o direito de chorar
Para enxaguar-lhe todas as lagrimas

Se chorei por mim, foi em silêncio
Se chorei por você, foi por não enchergar

Quero ser apenas eu novamente
Esquecer que fomos nos
Nos é algo que doi demais

Só o escuro pode ser compania eterna
Silêncio sobre a tampa aberta
Escuro, quando facha-la

A morte me vera chorar
Mas a morte me consolara
Você nunca consolou.

Homens De Areia

Somos como a areia
Sozinhos meros grãos
Unidos, um deserto esmagador

Apulheta que a cada instante instalvel, se renova
Sentimentos sacodidos se agitam
Mas retornam a fluir pelo suave vidro

Castelos derrubados na praia
Cada onda uma desilusão trágica
O garoto retorna a reconstruir

Esfacelando-se, vamos com o tempo
Do vento que sopra e espalha
As cinzas virarão areia
Novamente areia seremos

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A Fonte do Silêncio

Do escuro broteja silêncio oportuno
Corrente invisivel que lhe banhacorpo e alma
Não afogue-se em solidão
O poço é fundo demais para ser resgatada

Homenagem ao Meu Melhor Amigo

Vi a rua atravez da janela da sala
Sua casa estava lá
Intacta onde sempre esteve nas minhas lembranças

Muito brincamos em voltas por aquela rua
Em voltas gira nossa vida hoje mas não esqueço

Amigo que tanto forte, me inspirava
Orgulho e inveja por ser tão natural em você e em mim inabil

Vi você crescendo
Nas conversas no degrau da escada
Muitas namoradas me relatava

Hoje ainda me espelho em você, mas já tenho minhas próprias asas
Por falar nas asas, muito voamos juntos nas árvores e telhados
Passaro aleijado, eu sempre caia

Nas voltas pela quadra e da quadra para os shopings
Era minha compania em meio a multidão que lhe cercava
Agora tenho minhas proprias multidões

Eu era sozinho em minha infancia
Você, irmão meu grande apoio
Meu melhor amigo e ainda assim eterno rival

Como estamos afastados ultimamente
O amor afasta algumas pessoas e une outras
E você ama
E eu amei

Vejo futuro em seu romance
Pois romances já vivenciou demais
E comprovo isso
Acontece que cresceu
Em fim maduro

Desejo-lhe toda a sorte que meréce
Que precisa, acrescento
Quem vive de imprudencias tem a sorte como guarda-costas.

Fotos Queimadas

Minhas memorias tentam fugir pela porta dos fundos
Não sei se devo deixa-las partirem
Saem levando parte de minha vida
Minha indentidade

Se devo deixar o passado para traz e esquece-lo
Por que vivi aquilo tudo?
Devo ver tudo se esvair com o vento?

Fotos queimadas na lareira de uma casa, a mim estranha
Seria eu o proximo a queimar no esquecimento minhas lembranças?
Se não houver alguem que preserve minha imagem em seu passado
Irei-me junto às memorias em brasas

sábado, 16 de janeiro de 2010

Sentimentos e Formigas

Terreno descampado
Ao tempo largado
O mato o abraça no manto verde

Ervas daninhas que assassinam as flores
Do jardim que o dono largou

A chuva rega o verde
Cresce o espinheiro negro
No canteiro canto norte
Ao pé, um formigueiro

As formigas, que o espinho não temem
Das raizes fazem seus tuneis
Dos tuneis, seus castelos

O espinheiro racha o muro
Como coração partido
O comprime, o invade
Para em fim derruba-lo

O muro, também largado ao tempo
Se entrega ao apelo violento
Sob o sopro do vento
Desaba junto aos espinhos negros

Separados, mas ainda presos
Espinho e muro partido
Nunca serão os mesmos

E assim as formigas seguiram nas raizes
Que nada se abalaram
Que nada tiveram de mudar.

Cirose

Eu bebo doce bebida da ilusão
Licor espeço e incolor
Me enbreago por muito tempo
Quando acabo desiludido
Me deparo com a situação
Magoado e esquecido
Com cirose no coração

Cacos

É tarde demais
Meu amor sangrou até secar
Mas o coração não se destruiu

Esta perdido sem você
Mas com você, só conssegue sangrar
Juntos sua impresença me causava dor
Separados sua ausencia me causa dor

Dor é uma piada sem graça
E você insiste em conta-la denovo

Meus olhos, já secos, refletam o que o coração guarda
Uma janela escura, em noite sem lua

Você não é e nunca sera o espelho que eu via
A imagem refletida de um sonho
Se partiu em cacos afiados
E com estes cacos, meu coração se corta ao lembrar.

Fantasma do Piano

Dançarinos delicados sobre o branco e verniz
Genialidade triste e infeliz
Nas lagrimas secas do piano

Seu som é profano
Seu som é angelical
Seu som é humano
Seu som é animal

Instintivo, calculado,
Sentido, machucado

As notas choram em sincronia com a dança elegante
Tão conflituante era a voz afiada do instrumento
Em tristeza profunda, sua solidão era só lamento
O piano toca seu desepero, o pianista não mais aguenta

A melodia doce e melancolica cessa em nota grave
Os dançarinos cobrem o rosto cansado e iludido
As lagrimas escorrem sobre o branco, no escuro diluido

O piano está trancado sob o escuro do salão
O pianista se desfez pela sua dor
A musica morreu em seu coração
Com a morte de seu amor.

Farol da Alvorada

Pelo caminho que trilhamos
Segue a trilha de onde vamos
Sem destino ou rumo certo
Segue ao longe, segue perto

Uma viagem sem direção
Segue silencioso na escuridão
O tempo é curto e incerto
Se o tempo acaba, eu desperto

Muitos ficaram nos caminhos
Vagando, então sozinhos
Se perderam na noite

O farol então resplandecia
Seu calor me aquecia
Me despertava do sonhos em que estava
E dos sonhos destruia o que restava

Até a noite vir em cavalgada
Para mais uma vez ser desligada
A luz do farol da alvorada

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Passaros

Guardião do infinito
Seu dominio é azul
Volta para a terra para ser vislubre

Dominante da arte do voo
Inveja causa a quem o ve
E admiração inexplicavel
Nos humilha com sua graça
Em sua singela demonstração natural

Ele é puro por natureza
E nós o imitamos
Pesadas maquinas de voo
Substituem o ceu dos passaros
Que um dia deicharam para nós seus reinos e partiram
Para outro infinito que desconhecemos

Amor Tem Asas

Como um coração pode voar
Nas asas de um amor
E depois de decolar
Ainda assim sentir dor

Sem razão para ser
Sem razão para ficar
O amor pode crescer
O amor pode matar

Passaro sem rumo sem rota ou direção
Se guia pela lua
Se guia pela emoção

O amor que um dia foi
Um dia ha de ir
Pode ser que demore
Mas provavel que se perca e não retorne

Mas outro vira a seu lugar
E juntos ao ceus irão reaver seu espaço
Como passaro de fogo coração renasce

Profano e Apaixonado

O beijo é o toque do profano
Labios ao tocarem-se em demasiada beleza
Inspiração para sonhos ao luar do instante apaixonado
Desfalece sob a separação protestada
Que desaparece na distancia entre os olhares
Mesmo tão proximos
Os corações os mantem tão afastados
Afastados demais para conssagrar o momento profano e apaixonado
De um novo beijo

O Inverno Retorna

O gelo obscurece as janelas
Fragil, como anda meu coração
Se despedaça ao toque sutil

O frio invade meu quarto
A neve é vermelha sob o sangue darramado
Mas o sangue é gelo nas veias

Sinto meu espirito congelar
A cada suspiro vejo meu mundo se apagando no escuro que o branco forma
Afundando na neve
O inverno retorna a gelar minha alma

Exílio a Minha Dor

Dos frios campos acinzentados
Marcha sombria dos condenados

Fortaleza de pedra e sofrimento
Sucumbe ao descontentamento
Dos mortais

A marcha mortal
Dante da morte
Chuva de metal
Flechas de suporte

Peões em guerrilha
Pela libertação
Mais corpos em pilha
Perdidos em vão

Fui exilado
Por uma paixão
Aprisionado
Nas masmorras do coração

Lutam fieis, os sonhos
Que morrem antes de me acordar

Quem viria a ultrapassar
A fortaleza da minha dor
O sangue já lavara os campos
Afogando meu amor

A morte da paixão
Libertou-me a razão
Liderando meu exercito dominei meu coração

Exilado seria agora
O amor que me dovora
Devorava

Partiu.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

God of War (Deus da Guerra)

Existe culpa em um campo de guerra?
Inocencia, em meio ao assassinato?
Culpado é o homem que disparou ou o que ordenou o tiro?
Culpa lavada em sangue abundante

Herois ou escravos
O soldado é um fantoche armado
Se ele foi amado, odiado, querido, esquecido na guerra seu corpo jaz
Se volta, não volta igual

Se ficam para traz os pedaços da sanidade no mundo irreal
A realidade é apenas cartucho
A loucura já atravessou a sua cabeça e você nem sentiu.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Eu Estou Louco?

Cale-se! Não fale mais nenhuma mentira
Não acredito no que falo, pois falo em vão
Tudo vem da minha angustia, ira
Do pensamento contra emoção

Minto pra mim e não sei se acredito
Sinto assim que estou em conflito
Se a boca pode falar
Por que o coração não ei de escutar?

Pode escutar a verdade ser dita
Mas tudo que falo é uma mentira maldita
Se a esqueci por que a procuro?
Se não a desejo por que não saio do escuro?

E ainda presanças mais leves que ajudam a pesar
Mais peso morto, no peito a cansar
A mentira não vira verdade de tanto ser dita
Toda essa mentira apenas irrita

Passado, passado mas não sai da cabeça
Se não pode vencer, apenas esqueça!
Não é nem por ela mais
A obseção ja virou insana demais

A Mentira Aberta e Oculta

Quando me enganou foi tão cruel
Mas estava bem na cara encoberto por um veu
Me entreguei na minha mentira mas você me ocultou
O peso da verdade foi o que te derrubou
Não aguentava a culpa me culpando sem razão
Isso era verdade ou apenas ilusão?
Você é doentia em sua obseção
E eu ainda prisioneiro da antiga paixão
Rasgarei o coração pois só me faz sofrer
Um mente o outro oculta, quem um dia vai saber
Se amei não foi você
Se amou nunca fui eu
Mas me mentiu e me ofendeu.

Carol Onde é Que Tu Ta?

Espero ancioso
O regresso, o retorno
Da amiga que não volta
Que não chega, não retorna
Que se foi já faz um tempo
Eu lamento, eu espero
Se ela não voltar o que fazer?
Voltar a escrever, voltar a escrever...

Madrugada Eterna

Como seria cair na decadencia de um final de madrugada
E tornar esse momento eterno
Desfrutar o ultimo pedacinho da luz que ainda não nasceu e não nascera
Suspiro e me acalanto no vai e vem do tempo
Presente viaja passado retorna futuro não chega.

Capacho

Tolo sentimental
Ao chão jogado para servir aos demais
Capacho

De que me serve ser talentoso
O talento provem da dor
Eu preferiria ser um anonimo feliz

Como é possivel que eu não levante?
Que me pisam e eu fico inerte?
Que eu, rastejando, volto para perto deles?

Prefiro permanecer no barro como cadaver
Do que ser humilhado pela cegueira de meu coração
De volta a lama para ser pisoteado.

Lies (mentiras)

Não sei o que me fez acreditar
Que algum dia ela realmente poderia amar
Foram tantas decepções
Rasgarando meus pulmões
Aos gritos que de raiva eu soltei

Ela só me mentiu
Porque o tolo lhe ouviu
Ela me enganou
Foi porque meu coração acreditou

Quero agora que se exploda
Que seu espirito se foda
Arrancado de dentro do diabo que você é

Meu Imortal

Sentimento violento que aflinge minha alma
Oprimindo e deprimindo minha vida
Acorrentado no lado escuro do peito, se acalma
Mas permanece a procura da saida

Quando me escapa, ao peito arrebenta
A dor de meu passado ainda atormenta
Me pergunto de novo o motivo
Por que ainda resguardo esse sentimento destrutivo?

Decidido eliminar de vez a dor do coração
Ensanguentada a mente, perco a razão
A faca me cria um talho aberto
Em casa sozinho, do sonho desperto.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Torniquete

Meu sangue já não jorra por aquelas cicatrizes
Foi dificil estancar o que eu sentia, o quanto me magoou
Mas agora já acabou
As feridas agora foram fechadas
Mesmo que já estivessem a muito tempo cicatrizadas
Suturei o rombo aberto no peito
Minhas lagrimas secaram sob a poeira do tempo
Enquanto você ria com um outro alguem
Agora enfim a liberdade me sorri
E posso ser feliz em meu proprio mundo
Independente de ti.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Desabafo de Pamela

Quando te conheci senti algo especial por você
Nossa conbversa era tão despreocupada e natural
Fui me envolvendo até acabar por me apaixonar
Quando sua reação foi tão adversa, me magoou profundamente
Sua ofença era apenas uma felpa além dos espinhos que me cravara ao peito
Vieste, então, sinicamente, me procurar
Seus elogios eram pedras contra meu corpo machucado
Você havia maculado meu sentimento e agora agia com neutralidade
Afastar-me de você foi o melhor que pude fazer
Apesar da paixão ter sido gravemente ferida
Eu ainda respirava por você
Tento apagar essa imagem dos olhos com lagrimas e lagrimas
Mas esta tão profundo que tudo se apaga menos sua pessoa
És cego a minha dor
Quando vem a mim com descaso
Quer se reconcilhar
Mas como perdoar-te ei?
Se me derruba para presenter seus amigos
Se se desmente quando a sós
Não cre em si próporio
Como quer que eu creia?
Não volte a procurar-me
Se realmente sente algo por mim
Se deseja apenas uma aventura a mais
Esta batendo a porta errada
Seja sua intenção
Não ha trilha que leve até meu coração
Você já passou longe dela a muito tempo.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Morfina

Sua voz me anestesia para meus medos
Um fogo gelado arde sem doer por minhas veias
Um carinho delicado, sob o toque de sua musica
Me faz despertar do pesadelo e sonhar acordado

A noite é longa e escura lá fora
Aqui passa lentamente a cada verso entoado
Leve, refrescante e delicioso acórde
Me acorde quando a musica tiver cessado e o dia brilhar novamente

Só, espero a noite me cobrir os olhos
Para meus ouvidos verem a beleza da voz que me anestesia
A minha morfina, da qual estou viciado