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Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Vitrine

Pessoas nas ruas vendendo
Sua dignidade por centavos
Comendo os restos que vão recebendo
Cada dia mais escravos

Da ignorancia se fez a fome
Da corrupção se fez a miséria
Esse monstro que conssome
O povo pela matéria

As pessoas não mais importam
O que importam são as roupas, carros dinheiro
E aqueles que não os possuem, são tratados
Como porcos num chiqueiro

Escravos por dependência
Sem trabalho ou competência
Julga-se por falta de inteligência
Mas quem sabe não é a mera aparencia?

O melhor jogador recebe a coroa de rei dos mendigos
Nas ruas imundas, cerca-se de inimigos
Os cegos, mudos, aleijados, retardados, bem fingidos
Todos lutam uns contra os outros, mas todos estão unidos

Assaltantes, assassinos, pedintes, camelôs
Carroceiros, usurpadores, traficantes, prostitutas, gigolos
A ralé da sociedade
A parte mais fundamental e estrutural de uma cidade

E nas vitrines imaginárias
Vendem suas vidas como manequins
Vendo os ricos com suas maquinas e parafernalhas
Travestidos de pinguins

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