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Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Coração de Pano

Rasgo meu coração como trapo sujo
Costuro os desejos em renda bordada
Utilizo linha invisivel
Enquanto bordo uma sequencia de sentimentos
Atiro o ódio e a furia em seu próprio fogo infernal
Para que queimem por completo
Jogo as cinzas ao vento para esquecelas por total
Sopro a fuligem que encobre meus olhos com falsidade
Enxeguo meus problemas em uma cascata de sonhos
Bordo os nomes daqueles que amo em minha alma
Me cubro com meu lençol de estrelas
E caio em um mundo distante de mim mesmo.

Corrente

A escrita é a porta da alma
Quando escrevemos
Libertamos nossos sentimentos
Em uma torrente de palavras
Unidas como elos
De uma corrente tão indestrutivel
Quanto o frágil papel no qual repousarão
Até seus olhos curiosos despertarem novamente
Os sentimentos a muito esquecidos por mim.

Da Chuva Pra Cá

Da chuva pra cá muitas coisas mudaram no cenário do meu estar
Mergulhado em um mar de caos
Afogando-me em desespero
Sufocado pelas mãos crueis daqueles que tentam escapar do próprio tormento
Sucumbindo lentamente as margens de um sistema caótico
Que força os bons a serem escravos da vontade de tolos imediatistas
Acordo em uma praia distante e calma
O furacão fora deixado para traz
Recolho-me de volta ao leito do qual sai
Sob a barra do vestido de minha mãe descanço
Recupero-me para enfrentar uma nova tempestade
Que se aproxima, ao raiar de um novo dia de chuva.

Brisa de Verão

A correnteza que movimenta o mundo
A vontade de sonhar que nos torna reais
A chave da verdade
O escudo da mentira
Conhecimento sobre o nada
Desconhecer o tudo
As coisas que esquecemos no caminho
As coisas que encontramos na estrada da vida
São as coisas mais importantes que temos
E nem sabemos que existem
Conquistar esse saber,
Desvendar esse mistério,
Seria o mesmo que descobrir o sentido da vida.
Achamos que sabemos o que é sofrer
Enquanto que sofremos sem saber
Coisas da vida que no fim levaremos ao esquecimento
Antes da fria lápide receber nosso nome
E sepultar nossos sonhos junto a nossos corpos sem vida
Então de que valem essas coisas?
De que vale uma brisa, em um dia quente de verão?
De que vale um raio de sol, em meio a tormenta?
De que vale sonhar, se acordaremos antes do fim do sonho ser revelado?
E de que vale viver, diante a eminente morte?
Vale o valor que dermos a nossa vida
Afinal ela é feita desses momentos
Cada momento insignificante pode valer uma vida inteira
Basta sabermos aproveita-lo ao maximo.

domingo, 20 de julho de 2008

Anjo Apocaliptico


The Mother

Céu Noturno

Coloçais braços negros submetem o dia à escuridão
Deitada sobre nós, como manto eterno
Estende-se ao infinito
Sob seu corpo repousam fagulhas de sorrisos a muito esquecidos em um mundo de dores inimaginaveis
Seu olho solo observa a todos individualmente e como um só
Este fecha-se mergulhando-nos nas puras trevas
Ocultando-se para protejer-se da crueldade do homem
Porém quando abre-se revela o explendor de milhões de sorrisos antepassados
Então o fogo eternizado rasga a escuridão
Afoga os pesadelos com suas ondas de calor
Matando com eles os temores e a beleza da noite.

Coração Ferido

O fogo que aquece a todos na manha de Sol
Tão quente quanto o coração humano
A escuridão que nos cobre para dormir a noite
Tão nebulosa quanto o coração humano
Tanto para o bem quanto para a felicidade parese termos a chave de tudo
Porem não temos paciencia de procurar a porta certa e abri-la
Sol e Lua, bem e mal, vida e morte sempre proximos
Nunca juntos
Caminhamos no limbo do dia a dia sem sequer notar
Vivemos monótonas esperiências diárias ignorando o milagre diario da vida em si própria
Que parece, tentamos matar
Jorra um rio de sangue para fora das entranhas do mundo
Flagelado por seus própios filhos que negligenciam sua dor
Idealistas, penssadores e lideres julgam ter respostas para os males do nosso universo conhecido
No entanto são alguns destes quem mais ferem o coração da Terra
E quando a mãe defende-se, julgam-na
Em juri formado pelos carrascos de um sistéma falho
Julgamento comprado, cartas marcadas
Sentença de morte.

Flor da Noite

A mais bela flor é a q desperta sob a luz do luar
Pois só esta faz juz a sua perfeição.
É a q se esconde sob o manto das trevas
Para q sua tímida beleza se oculte dos olhos sedentos do mundo q a cerca
A flor q vale mais q rios líquidos de ouro puro
A flor q cega a visão do ambicioso
É aquela que faz até mesmo os corvos chorarem perante sua beleza estonteante
Se essa flor tivesse nome eu n o ousaria diser em voz alta...
Pois se não
Me apaixonaria.