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Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Então Foge

Você foge da verdade
E depois me procura
Com cara de choro
Implorando que te escute

Eu sei o que vai falar
E eu sei que não quer ouvir
Que vai fugir de novo
Porque a verdade dói

Que que você quer de mim?
O que mais eu posso fazer?
Já fiz de tudo por você
Sem você perceber

Quando é que vai crescer
Parar de olhar pra si
Tão mimada e perfeitinha
Que não sabe nem o que dizer

Então foge,
Foge,
Foge para bem longe
E não volte a me incomodar

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sobre Seu Túmulo

Nenhuma boa lembrança para recordar
Nada de bom para comentar
Tudo que fez foi atrapalhar

Mas a sua pena já foi cumprida
E sua punição foi sua própria vida
Que agora se encerrou de forma tão trágica

Sinto, mas não lhe tenho piedade
Talvez seja até crueldade,
Mas eu não vou ser hipócrita
Nada de mentiras, não sentirei saudade








(descanse em paz...)

A Morte De Um Homem Sem Amigos

Como você pôde cultivar uma vida de solidão
Afastando de si a todos que se importavam
Agora está velho e só aguardando a própria morte

Os fantasmas do passado lhe fazem presença
Aguardando para lhe arrastar para o escuro
Não existe esperanças agora e você sabe

Seus últimos momentos de vida você vai passar
Na melhor das companhias
E a unica que ainda lhe aguenta
Sua própria sombra

Os últimos suspiros lhe escapam pela boca
Desejava estar amparado nesta hora?
Talvez você devesse ter pensado nisso antes

Seu corpo foi encontrado atirado no chão
Do mesmo jeito que havia caido, permaneceu
Só e esquecido

Futilidade

Você olha nos meus olhos e o que vê?
Apenas a cor azul, verde e cinza?
Ou consegue ver dor que eles carregam?

Eu sei que você se interessou por eles
Mas não quero ser só mais um na sua noite
Então pare de perder nosso tempo

Sei que posso parecer um brinquedo bonito
Mas minha boca não é material reciclável
Então desista porque não estou interessado


Escrevendo a Vida

Um dia serei o escritor de minha vida,
Hoje apenas componho meus sonhos
Com versos simples e de pouca rima

Mais Um Dia Cinzento

Já são sete e meia da manha
O relógio grita ao meu lado
Mas eu já estou acordado

Passei a noite toda olhando para o escuro
Procurando as respostas
Do que me atormentava
Mas do silêncio, nenhuma palavra

Tenho que me levantar
Está na hora de voltar a viver
Aquelas mentiras do dia a dia

Olho pela janela embaçada
Mais um dia cinzento me aguarda
Dou o primeiro passo para fora do quarto
Querendo dar meia volta e me deitar


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Redenção

Perdoá-me, mas não vou me desculpar
Cansei de lhe dar satisfações
Agora eu vou ser mais forte do que era
E vou encarar meus erros

Chega de dar desculpas para o vazio
Eu cometi meus pecados
É hora de crescer com eles
Como degraus para redenção

Passo a passo, encontro a luz
Reneguei-me a aceita-la por tanto tempo
E agora eu tenho medo
Mas sigo em frente para fora de minha prisão

Ergui minha bandeira de liberdade
E me tornei independente de sua companhia
Agora é você que precisa de mim
Mas vai ter de encontrar outra saída para suas duvidas


Garotinho Solitário

Não gosto do garotinho solitário
Que me encara no espelho
Ele me pede ajuda e não sei o que dizer
Estou confuso também

Ele me encara nos olhos
Exigindo uma atitude
Mas a garganta não responde
Apago as luzes e me escondo

Seus olhos na escuridão
Procurando as respostas
Que eu não tenho
Estão tão assustados quanto os meus

Ele me deu sua mão e fomos
Procurar nossos caminhos
Sei que a noite é fria
Mas eu não estaria mais só

Ele me lembrou da coragem que eu tinha
Da determinação de ser alguém
E da força de meus desejos
Que nem a solidão enfraquecera

Eu tinha medo de crescer
Medo de encarar a minha vida
Mas ele estava ali, o garotinho
Pra me mostrar que eu ainda era o mesmo
E que ele não me abandonaria

Ninguém Gosta

Não gostaria de me destacar
Por ser o barulhento
Por estar quebrando o silêncio
Ninguém gosta do meu barulho

Não gostaria de ser a sombra que escurece o quarto
E não quero ser o único calado
Por não ter nada para falar
Ninguém gosta do meu silêncio

Não quero ser o diferente
Por que não sei ser igual a ninguém
Mas me recuso a ser uma copia
Ninguém gosta de imitações

Não queria ter de gritar por dentro
Minha dor enjaulada no peito
Mas não sei a quem pedir socorro
Ninguém gosta de ajudar

Não gostaria de ser o louco
Que sempre tem algo a acrescentar
Nas frases mortas do cotidiano
Ninguém gosta de me escutar

Não sei porque eu ainda tento mudar
Eu perderia o sentido do que sou?
Eu gostaria de apenas deixar de ser
Ninguém gosta de tentar

Eu gostaria de ter forças e me levantar
Erguer a cabeça para enxergar
Acima do que eu vejo de mim
Ninguém gosta de se enxergar

Eu gostaria de ser amado
Por alguém que desejasse minha ajuda
Que procurasse meu apoio
Ninguém gosta de ser dependente

Eu não gosto do que eu fiz
Perdi o sentido pela luta
Travada em vão e abandonada
Ninguém gosta da derrota




Problemas do Rafa (2)

Em seu desespero infantil
Sua atitude é fútil
Destrói o sentimento de amizade
Forçando algo que não é verdade

Acorde para realidade
Seu tempo já passou
E a culpa foi dessa personalidade

Não me condene por seus erros
Pare de maldizer meu nome
E cale seus berros


Problemas do Rafa

Eu não vou cair na sua cilada
Eu não sou seu brinquedo e você sabe
Você sabe e não aceita que acabou

Se você pensa que me conhece, esta enganada
Agora quero que isso se acabe
Não é a primeira vez que você não me escutou

Olhe pra si e veja como você esta errada
Quero que desista e que não se gabe
Essa relação foi você quem estragou

Brinquedo Quebrado

Por que eu choro por quem não se importa?
Por que eu grito se ninguém me escuta?
Por que eu me iludo com sua fantasia
E a realidade me derruba numa poça de dor

Eu procuro ser o salvador das suas crises
E acabo me condenando a sofrer em seu lugar
Sua retribuição é uma covardia infiel
E minha pena é encarar minha solidão

Não consigo encarar o espelho
Cruelmente me acusando de minha ignorância
Boa vontade e solidariedade
Escondo as intenções de ser amado

Agora você finge estar arrependida
Me implora perdão como sempre fez
Me implora atenção e compreensão
Mas não posso ceder ao desejo de lhe afagar

Agora é a chance de aceitar a verdade
Não quero ser seu brinquedo
Eu quebro e sangro, mas você nem se importa
O que lhe importa é o prazer de minhas palavras doces
Enquanto faço a digestão de seu veneno amargo

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Olhos Clementes

Perdido, no escuro que a cerca
A certeza e o incerto unidos pela palavra
Duvida

Como será agora a resposta correta,
Se nenhuma pergunta foi proclamada em alto tom?
Apenas foi sussurrada pelos olhos clementes
Calados pela vontade oculta

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ratos Humanos

Crianças como ratos
Pelas ruas das cidades
Devorando nossos restos
Nos fazendo sentir importantes

Devemos ser coniventes
Inconscientes ou indisplicentes
Quanto a estas crianças e adolescentes?

De quem se deve a culpa
De quem se deve a responsabilidade
Seria da prefeitura?
Dos pais?
Ou da sociedade?

A Madrugada É Minha Musa

Minha criatividade
É um sonho acordado
Em que o sono domina a mente
E me leva a lugares sombrios

A madrugada é uma musa
Que me inspira a escrever
Mesmo sem ter o que dizer
Continuo a tentar

Nesse sonhar acordado
Brigando com minha escuridão
Acabo por compor das estrelas
Uma nova poesia

Tempo Perdido Não Se Encontra Mais

Se você perdeu seu tempo
Acho que será difícil encontra-lo
Porque o tempo voa
E passa muito rápido

Perdendo Tempo

Me preocupo tanto com o tempo
Que gastei
Que não tenho
Que queria ter
Que não uso
Que deveria aproveitar melhor
Que acabo só perdendo meu tempo

Lacaio do Tempo

Faço de tudo para lhe agradar
Tentando conseguir o melhor de você
E você sempre me domina
Mostrando o quanto sou insignificante pra você
Acaba por me tirar a vida lentamente
E no final de tudo
Só restará você ao meu lado

Palavras Assassinas

Corro atrás de palavras já ditas
Como flechas mortais
Elas acertam o alvo

Não há volta
Um rosnado de fúria
Fera ferida no peito

Minhas palavras venenosas
Acabaram assassinando nosso amor
E não há mais nada o que dizer

Afundando na Ampulheta

Caminho num terreno arenoso
Meu presente se desfaz sob meu caminhar apressado
Como quem foge das sombras
Como quem teme seu escuro interior
Estou correndo antes de afundar
Na areia movediça de meu não viver
Tarde demais
A areia traiçoeira me engole as pernas
E sufoco-me em sonhos não realizados

Arqueologia de um Poeta

Reencontro tesouros esquecidos de meu trabalho
Há muito enterrados no passado distante
De dias que a muito tempo já morreram

Um Prato de Felicidade Para Dois

Felicidade é um prato fervendo.
Tão quente que nunca aproveitamos o suficiente.
Quando esfria se torna tristeza indigesta.

Álbum Incompleto

Sou álbum de figurinhas incompleto
Existe um espaço em branco dentro de mim
Persisto em repetir o erro
De preencher com qualquer uma
Esta lacuna que continua aberta no peito

Tentei encontrar a carta certa
Já procurei em mil baralhos
Nenhuma se encaixa no vazio
Nenhuma satisfaz a solidão

Estou com sede de amor
Em um deserto de amizade
Onde me enterro pela vontade
De não ser só um amigo

Lacuna aberta na alma
É ferimento sem curativo
Tudo aquilo que eu precisava
É tudo aquilo que não consigo

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Infecção das Drogas

Infestação imunda
Antro de podridão
Uma doença infecciosa
Espalhando essa epidemia de covardia e fraqueza mental
Se entregando a infecção dos desejos primitivos
Por prazer puro e simplorio da carne
Destruindo o que é mais sagrado e precioso
A própria humanidade