O Autor

Minha foto
Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.

sábado, 29 de novembro de 2008

Livro da Vida

Os livros me chamam
Me absorvem para dentro deles como portais
Por traz de cada pagina um universo
Me rasgo em cada letra 
Me torno o heroi, o vilão, a paisagem
O autor fala comigo
Fala em um mundo diferente
De onde eu faço parte e não sou nada 
Alem de mero expectador
Ao fim acordo
Me vejo em meu quarto
E sou apenas mais um personagem
Na historia da minha vida
No livro de Deus.

As Paredes Cairam (E Agora?)

Liberdade.
Invade como um furacão minha cabeça.
Desarmado, sou fraco. 
Arrastado pela vontade.
Descoberto de controle, minhas paredes cairam.
Sou autonomo de mim ou marionete de minha infatil mente?
Quero liberdade.
Quero controle.
Quero uma realidade insana e fútil.
Afinal, sou apenas mais um.
HUMANO.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Reencontro

Quando os olhares se cruzaram
Os anos  se reduziram a pó
Soprado dos olhos encobertos em lagrimas
Da saudade imposta a nós
Pelo impiedoso tempo

Agora a chama arde na alma
Aquce as mãos q lhe tocam o rosto
Imaculado pela dor
Sereno
Pleno em sua beleza

Juntos apesar da distancia
Mas jamais seremos novamente
Impostos a solidão.

Sincero

Meus olhos refletem sob o espelho do passado
As lagrimas vivas que recuperam nas memorias 
O aroma da paixão.


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Meramente Flor

Flor
Perfumada, delicada
Desfrutada nos deleites
De decadentes vermes da terra
Flor 
Que chora seu orvalho,
Invade o canteiro
E da vida 
A um arco-iris
Flor
Cativante e serena
Sempre solitária
Em sua permanencia fria
Enquanto arde aos olhos dos homens
Flor
Roubada da pureza
Desabrocha
E desfalece em solo depravado
Flor
Dos brotos
A vida retorna
Aos meus olhos entoa
A canção do amor eterno
Flor
Em minha humilde existência
Permita-me ser
Seu aprendiz
Aprendiz da beleza pura
Da terra mãe.

O Choro do Lírio Branco

Fogo que queima na escuridão
Destruindo os fantasmas do tempo
Retrata meu amor
Separado pela distancia
De nossos corpos molhados
Pelas lagrimas
Do lírio branco
Que choras pela amada rosa vermelha.


quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Deserto

Areia escaldante 
Revolta à minha imagem
Fere o queima
Estrasalha aquilo que não vejo
Amor furioso
Conssome a carne pelo desejo
Teremos no fim
A satisfação
Ou apenas outra miragem?

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Marionete (III)

Que sou?
Um brinquedo 
Jogado em um canto qualquer?
Uma formiga 
Servindo aos outros sem proposito?
Uma flauta
Perdida em meio a sinfonia?
Não! 
Não serei mais o boneco
Mas sim o ventriloquo
E nas linhas
Controlarei meu próprio destino.

A Conquista da Marionete (II)

Tentam me controlar
E eu digo não
A força opressora é forte
E eu digo não
Me destroem por dentro com chantagens
Mas eu ainda digo não

Nego pelo direito de me livrar
Livrar-me das cordas
Das amarras do ventriluquo

Então a liberdade
Sou em fim
Eu

Lamento da Marionete (I)

Manipulado feito um boneco
Me deixo carregar
Minha voz se apaga em meio as demais
Sou esquecido em um canto sujo

Deixo minha sinfonia ser regida por outros
Não tenho livre arbítrio sobre minha vida
Até no momento da verdade eu fraquejo

Mas o que ai de fazer?
Sou um boneco
Um simples brinquedo
Que quebrou-se.

Trancados

Trancamo-nos dentro de portões e grades
Trancamos como os sentimentos reprimidos
Trancados em nossos corpos, cascas vazias 
Trancamos reprimindo o que somos por medo
Trancar é um ato inconciente 
Diferencia de proteger-se ou poupar-se
É mais profundo 
Intolerante, extremo
Tracamos aquilo que é profundo em nos
Por medo de ser perdido ou por medo de ser julgado
Somos nossos mairos inimigos
Carrascos sem pieadade 
Levados pela opnião alheia
Sentenssiamo-nos a prisão perpétua

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O Momento

Não quero que seja eterno
Porque tudo se esquece
Se perde na eternidade

Não quero que dure uma vida
Pois a vida é curta e fragil
Acabando antes do despertar

Não quero que dure uma noite
Porque a noite é fria e frivola
Tornando o adeus futil

Não quero que dure um dia
Porque vem a noite e eu choro

Quero que dure um momento
Uma lagrima doce
Ao canto do olho que ve em fim
Seu amor acender ao ceu.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Quase Sinônimos

Refiro-me a dor
Atroz inimiga do homem
Companheira inseparavel
Alertando sobre nossa fraqueza
Nos humilhando em sua grandeza
Furia guerreira
Em batalha perdida
Caio em meio a ela
Deito-me ao seu lado
E durmo
Refiro-me ao amor
Atroz inimigo do homem
Companheiro insseparavel
Alertando sobre nossa solidão
Nos humilhando em sua grandeza
Furia ardente
Em batalha perdida
Caio em meio a ele
Agarro-me forte
E desperto.

sábado, 8 de novembro de 2008

Sabado a Noite (Para Carol)

Calada sob o lençol de cabeça baixa
Escuta a vento soprando e retrata a solidão
Elmoldurada em seu rosto sob a curtina de cetim
Desmoralizada sob seu modo de ver a vida
Resistindo a pressão do escuro compressor
Dos amigos apenas a escrita lhe alivia da dor
Só em seu recanto mudo
Se liberta sob as lágrimas do tempo.

Caçador

Caçador solitario
Embrenhado em meio a difusa noite de luzes
Musica alta e rodopios fantasiosos
Caçador de emoções
Que se perde em meio a vulgaridade da diverção
Caçador preso
Ao deleite do fruto proibido
Desfrutar do nectar doce do veneno
Caçador caçado
Pela ira do dia
Revolto em um tornado de fogo
Caçador solitario
De volta a noite em sua inscessante caçada.

Verso Prisioneiro

Versos são livres
E querem acorrenta-los
Escraviza-los a vontade de velhos costumes
Que só os carvalhos destinados a ruptura se detem a cultivar
Eras daninhas que sugam os fluidos da originalidade
Impoem regras fúteis de um mundo onde originalidade é pecado
Quebro as correntes com versos livres
E digo as traças que devoram livros em sua ignorancia
Livrem-se das correntes
Pois se não afundarão junto a elas no infinito posso do banal.

Não Nego

Passaros revoam em meu coração
Caos moderado, quente, invade minha cabeça
Meu batimento é uma porta esmurrada pelo avassalador carinho
Meus olhos, gravados a ferro ardente a vossa imagem
Não durmo sem sonhar c/ seus labios doces
Não acordo sem lamentar ser apenas sonho
Não admito em voz alta
Mas não admito que me negue a revelar
Que me apaixonei.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Jardim da Vida

Um espelho d'agua se torna um rio de ébano líquido cravejado de estrelas
Em meio a escuridão da noite
Em meio as lagrimas de um lírio branco
Que se misturam ao orvalho das rosas orgulhosas de sua beleza
E das risonhas margaridas singelas
Oh sim singelas flores
Que ai de morrer no ponto de nascimento
Apesar de mudas deveriamos ouvi-las
Ser como elas
Assim talvez o jardim da vida não se mancha-se tanto
De orvalho vermelho de sangue
Derramado pelos espinhos da guerra.

Cavaleiro de Grafite

Meu escudo é a borraxa,
Minha lamina é o grafite.
Rasgo o claro branco do papel
E revelo a figura negra em seu espirito oculto
Para fugir da opressante solidão
Crio um mundo imaginario
Até o momento
Em que no toq do lapis cria vida
Então me despersso entre as cinzas de uma terra de ninguem
Vagando livre em minha própria mente lúcida.

Dejavu

Vago sem rumo ate cair em desespero
Rumo de volta ao esquecido momento passado
E relembro de que não sei o que vira amanha
Mas de que possivelmente esquecerei que perguntei.