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Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ninguém Gosta

Não gostaria de me destacar
Por ser o barulhento
Por estar quebrando o silêncio
Ninguém gosta do meu barulho

Não gostaria de ser a sombra que escurece o quarto
E não quero ser o único calado
Por não ter nada para falar
Ninguém gosta do meu silêncio

Não quero ser o diferente
Por que não sei ser igual a ninguém
Mas me recuso a ser uma copia
Ninguém gosta de imitações

Não queria ter de gritar por dentro
Minha dor enjaulada no peito
Mas não sei a quem pedir socorro
Ninguém gosta de ajudar

Não gostaria de ser o louco
Que sempre tem algo a acrescentar
Nas frases mortas do cotidiano
Ninguém gosta de me escutar

Não sei porque eu ainda tento mudar
Eu perderia o sentido do que sou?
Eu gostaria de apenas deixar de ser
Ninguém gosta de tentar

Eu gostaria de ter forças e me levantar
Erguer a cabeça para enxergar
Acima do que eu vejo de mim
Ninguém gosta de se enxergar

Eu gostaria de ser amado
Por alguém que desejasse minha ajuda
Que procurasse meu apoio
Ninguém gosta de ser dependente

Eu não gosto do que eu fiz
Perdi o sentido pela luta
Travada em vão e abandonada
Ninguém gosta da derrota




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