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Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Fantasma do Piano

Dançarinos delicados sobre o branco e verniz
Genialidade triste e infeliz
Nas lagrimas secas do piano

Seu som é profano
Seu som é angelical
Seu som é humano
Seu som é animal

Instintivo, calculado,
Sentido, machucado

As notas choram em sincronia com a dança elegante
Tão conflituante era a voz afiada do instrumento
Em tristeza profunda, sua solidão era só lamento
O piano toca seu desepero, o pianista não mais aguenta

A melodia doce e melancolica cessa em nota grave
Os dançarinos cobrem o rosto cansado e iludido
As lagrimas escorrem sobre o branco, no escuro diluido

O piano está trancado sob o escuro do salão
O pianista se desfez pela sua dor
A musica morreu em seu coração
Com a morte de seu amor.

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