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Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ferraria

Meus olhos se contraem
Sob o martelo feroz

A tenaz espera na forja
Enquanto moldo minha face

A bigorna soa sob as pancadas
Os típanos explodem

É a fuligem e as faiscas
Que dançam na penunbra

O fogo não pode apagar
E eu não terei descanço

Enquanto não estiver forjado
Meu carater a ferro.

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