O Autor

Minha foto
Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Navalha Sangrenta

O fogo devorava a escuridão
Com ância, com furia
A carne sofria a destruição
Da ganância, da luxuria

O som de ossos creptando
Entre escombros da explosão
Pedaços de corpos faltando
E Espalhados pelo chão

O cheiro era terrivel de fato
A fumaça e a fuligem negra
Maltratavam o olfato

O sangue virou óleo ardente
Queimando a pele nua
Pobre sangue inocente
Derramado pela rua

Lagrimas doces de um cantil perfurado
Misturam-se ao sangue quente
E ao metal gelado

A luz se apagou na noite fria
Somente o fogo parecia sorrir
E dançava com alegria

A morte venceu a batalha
A lamina que nunca erra
É a sangrenta navalha
Que chamamos de guerra

Nenhum comentário: