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Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Faxada Destruída

Vago como um cego por ruas sinuosas e estreitas,
Ludibriado com as mentiras nunca pronunciadas.
A realidade é uma faxada que oculta algo negro.

Erro crente na segurança justa da civilidade.
A barbárie me cerca e eu não vejo, não sinto.
A violência é uma adaga oculta na mão de um assassino.

Minha mente se estilhaça em fragmentos finos de medo,
A faxada é destruída em apenas um instante lúcido.
A adaga entra fundo na'lma e me desola.

Abro meus olhos aflitos e enxergo a brutalidade.
A sujeira vil que a escória do mundo alimenta.
Cambaleante, ferido, eu vago por ruas sinuosas e estreitas.

Agora eu vejo e tudo que desejo é voltar a ser cego.


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