Lírio branco
Canteiro solitario
Muitos olhos que cobiçam
Em destinto santuario
Lirio branco
Cuja rosa assassina
A beleza que fascina
Das petalás murchas que caem
Lírio branco
Que fazeis de sua agonia
Suportais a ventania
Espalhais a sua dor
Lírio branco
Despertai de seu coma
Retorne a sua pureza
Irradie a beleza
Lírio branco
A rosa desfalece
Sua beleza empobrece
Ofuscada perante a ti
Lírio branco
Vós ser eu
E a rosa ser o passado
Jamais acorrentado
Deixar-te ser
Lírio branco
És virtude
Solidão é um desfrute
Lírio branco
Aguardando o que será
A voz que não calará
Grita aos céus a liberdade
Lírio branco
As raizes libertas-te
E agora brota forte
A rosa beira a morte
Este é o cemitério onde enterro meus sentimentos. Cada poema aqui publicado, tem a exclusiva razão de ser um desabafo para mim mesmo. Se quizer compartilhar, a vontade. Mas cuidado, se se aprofundar de mais no meu escuro pode se perder.
O Autor
- Dalua - O Poeta Sombrio
- Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.
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