Sigo empilhando corpos sobre a pia
Detrítos, atrítos e pratos
Prisioneiro em fuga, de si
Desejo, compromisso e sono.
A rua se abre plena
Pura, desnuda e atrativa
Dos desejos e anseios,
Amante casta, devota e ingrata
Dos vícios sem virtude se faz mãe
Das desilusões, das desgraças.
A casa, prisão, paraíso
Do lar, do afago e amparo
Ao sufocante descontentamento.
Do dia a dia se faz tormento
De sua falta, o lamento.
Lar e rua, como sol e lua
Juntos em um.
Este é o cemitério onde enterro meus sentimentos. Cada poema aqui publicado, tem a exclusiva razão de ser um desabafo para mim mesmo. Se quizer compartilhar, a vontade. Mas cuidado, se se aprofundar de mais no meu escuro pode se perder.
O Autor
- Dalua - O Poeta Sombrio
- Escrever sempre foi um hobbie e uma forma de tratamento para os momentos mais difíceis ao longo da minha formação como indivíduo. Nunca imaginei que meu trabalho viria ao encontro de tantas pessoas. Que tantos se identificariam com os sentimentos com os quais lido em meus trabalhos. Criei esse blog como um backup de minhas poesias, por medo de que se perdessem caso não as tivesse em rede. Hoje tenho um público cada vez maior e que, mesmo com minhas prolongadas ausências, continua a acompanhar minhas postagens. Agradeço pelo interesse, de verdade.
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